domingo, 9 de junho de 2013

Lee Rigby: mais uma vítima do extremismo islâmico

Preciso dizer alguma coisa?

Há poucos dias um soldado britânico foi atropelado e em seguida esfaqueado em Woolwich, sudeste de Londres. Bem no meio da rua. Os dois agressores não fugiram ou tentaram esconder o que fizeram. O soldado se chamava Lee Rigby, tinha 25 anos e deixou para trás um filho de 2 anos de idade.

Inicialmente os transeuntes se mostraram atônitos com tamanha barbaridade. No entanto, uma mulher, ao perceber que havia uma escola por perto e que crianças poderiam chegar naquele momento, começou a falar com um dos agressores e perguntar qual o motivo daquilo. A senhora Ingrid Loyau-Kennett, líder dos escoteiros, manteve a compostura e segurou o nervosismo quando um dos homens disse, "queremos começar uma guerra em Londres esta noite".

Tendo verificado que o soldado Rigby já estava morto, a senhora Loyau-Kennett se dirigiu até o agressor: "Então eu pensei, 'ok, eu não sei o que está acontecendo aqui', e ele estava coberto de sangue. Pensei que era melhor começar a falar com ele antes que atacasse mais alguém. Imaginei que estas pessoas geralmente têm uma mensagem, então eu disse 'o que você quer'?"

"Perguntei se ele fez isso e me disse que sim e então eu disse por que? Ele me respondeu  que era porque ele (Rigby) matou muçulmanos em países muçulmanos. Ele afirmou que era um soldado britânico, eu confirmei e então ele disse 'eu matei porque ele matou muçulmanos e eu estou farto de pessoas que matam muçulmanos no Afeganistão e ninguém faz nada lá'"

Mesmo recebendo inúmeras chamadas de pessoas que estavam no local, os policiais, surpreendentemente, tardaram vinte minutos para se dirigirem até lá. Logo que chegaram foram forçados a alvejar os dois que são tratados como "suspeitos" do caso: Michael Adebolajo, britânico de origem nigeriana, e Michael Adebowale. Existem mais informações sobre o primeiro. Segundo a imprensa britânica ele se converteu ao islamismo há pouco mais de 10 anos e recentemente foi preso no Quênia quando tentava rumar à Somália. As autoridades quenianas confirmaram que Adebolajo iria se encontrar com membros do grupo terrorista Al-Shaabab, ou seja, ele já estava na mira do MI5.

Mais testemunhas presentes na cena do crime disseram que ambos gritavam "Allahu Akbar" (Allah é grande). Logicamente em toda e qualquer investigação policial faz-se mister ter muita cautela em divulgar as informações preliminares do caso, tendo em vista que imprecisões de julgamento ocorrem. O problema é que este ato foi claramente terrorista e sua motivação foi a já conhecida Jihad.

O editor de política da BBC, Nick Robinson, inicialmente descreveu os assassinos do soldado Rigby como "tendo aparência muçulmana". Foi exatamente assim que, segundo o jornalista, uma testemunha que estava no local relatou a ele por telefone. Tão logo a descrição foi feita a BBC passou a receber inúmeras reclamações de racismo, xenofobia e, logicamente, da boa e velha "islamofobia".

Antes de mais nada eu pergunto: alguém que, após matar outro ser humano no meio da rua, grita Allahu Akbar e diz claramente que está vingando a morte de muçulmanos no Afeganistão é o que? Evangélico? Católico Romano? Copta? Maronita? Não! É muçulmano!

É impressionante como certas pessoas generalizam as coisas com uma simples declaração. Ele disse que os assassinos tinham "aparência muçulmana". Apenas isso. Não disse que todos os muçulmanos que vivem neste mundo foram responsáveis pela morte de Rigby. É como se um católico atacasse uma pessoa que não é de sua religião e todos os outros fossem responsabilizados de igual forma por isso. Mas a história não acaba por aí. O senhor Robinson precisou se desculpar publicamente pelas declarações. Se isso não é censura, meus amigos, já não sei que significado atribuir a este evento.

Outra atitude repentina -- e já comum -- por parte de especialistas no assunto é dizer que se trata de um "ataque isolado". Com a morte de Rigby não foi diferente. Mas esta hipótese caiu por terra quando mais 10 homens foram presos sob suspeita de conspiração no assassinato do jovem soldado britânico.


"Não há nada no Islã que justifique este ato verdadeiramente terrível", David Cameron

O premiê inglês tratou de se apressar em desvincular completamente a religião islâmica do atentando terrorista em Woolwich. Pronunciamentos de caráter teológico como este são bastante comuns para não gerar desconforto e medo generalizado nos cidadãos britânicos muçulmanos e não-muçulmanos. Mas não há mesmo qualquer ligação entre o Islã e extremismo? A resposta é sim e não.

Como disse Douglas Murray, "há uma guerra civil em andamento no Islã, que ocorre desde a sua fundação. Esta guerra é entre aqueles que leem sua religião literalmente e aqueles que leem-na metaforicamente". Confesso que fazia tempo que não lia algo que resumisse tão bem a situação do Islã. Murray ainda completou enfatizando que a maioria dos muçulmanos residentes na Grã-Bretanha encontram-se no segundo grupo. 

Em se tratando de Grã-Bretanha, mais especificamente, temos o mesmo problema que ocorre em outros países ocidentais: o aliciamento ao terrorismo e a tentação da Jihad. Ainda que levemos em consideração o fato de uma minoria muçulmana no Ocidente estar próxima a este radicalismo, as políticas contraterroristas de todos os países têm sido vergonhosas! Vimos isso com os irmãos Tsranaev em Boston, Mohamed Merah em Toulouse e com os adolescentes belgas que foram combater na Síria. 

Muitos tratam do assunto como ~teoria da conspiração~ mas o lobby de organizações muçulmanas é extremamente forte. Querem um exemplo? As duas  recentes Conferências Islâmicas Alemãs foram um verdadeiro fracasso porque os membros da organizações muçulmanas nem mesmo quiserem ouvir representantes do governo. Os temas que deveriam ter sido abordados eram o casamento forçado e o radicalismo. Quanto a este segundo, referente ao encontro de 2013, o presidente da DITIB (União Turco-Islâmica para assuntos Islâmicos), Bekir Alboga, disse que achava ridículo ligar o Islã ao radicalismo e que a culpa de eventuais extremistas deveria ser atribuída ao governo alemão por não tomar qualquer medida visando o fim da "islamofobia".

Enquanto a ligação entre o Islã e o extremismo por parte de pessoas que se declaram adeptas de religião continuar como um tabu, mais e mais ataques serão perpetrados e sangue de pessoas inocentes como Lee Rigby, as crianças judias de Toulouse e as vítimas de Boston será derramado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário