sábado, 5 de maio de 2012

Au revoir, Sarkozy


Hollad vs Sarkozy.


Após o término do primeiro turno das eleições na França o socialista François Hollande saiu na frente do candidato-presidente Nicolas Sarkozy, como indicavam as pesquisas. No entanto, a verdadeira vencedora foi a conservadora Marine Le Pen, que superou seu pai Jean-Marie, conseguindo 18% dos votos.

A partir daí começou a corrida de Sarkozy em busca dos votos deste eleitorado. Ele não poderia bancar o “neofascista”, portanto suas propostas passaram a girar em torno da imigração, a qual prometeu reduzir pela metade. Mas nem este “Sarkopen” deu certo e as pesquisas continuavam indicando Hollande como vencedor no segundo turno.

Apesar de ler a opinião de vários especialistas que já davam Sarkô como “morto”, me recusei a acreditar em uma derrota antes do debate (02/05), porque neste o atual presidente poderia fazer valer toda a sua experiência (ele não poderia ser chamado de “animal político a toa). Sobretudo em questões econômicas (relação com a zona do Euro, recessão, austeridade, etc).

Ao ver o resultado do debate, me surpreendi. Enquanto Hollande se mostrou calmo, preciso e conciso, Sarkozy estava nervoso e por vezes agressivo. Não considero que ele tenha ido tão mal, mas o pragmatismo do debate acabou favorecendo a Hollande. Alguns franceses estavam reclamando de que os candidatos falaram mais de questões internacionais do que da própria França.

Em partes isso é verdade. A questão da geração de empregos, por exemplo, chegou a ser abordada por Hollande. Ele prometeu criar 60 mil postos de trabalho na área da educação e foi retrucado por Sarkozy, que reclamou dos altíssimos custos de tal empreitada. E só isso. 

Até mesmo alguns jornalistas do Le Figaro descreveram Sarkozy como mais nervoso do que o habitual. Durante todo o debate ele procurou criticar ferrenhamente os “mentores” de Hollande, François Mitterand e Lionel Jospin. O candidato do PS, por sua vez, respondia exatamente como Mitterand: de forma curta e sarcástica. 

Acredita-se que a eleição de Hollande –cada vez mais próxima de se concretizar- vai prejudicar e muito as relações da França com a UE. O Merkozy “já era” e isso preocupa muita gente. No entanto, até agora sua única proposta foi a de renegociar o tratado da União, o que não agrada muito a Alemanha (que já se pronunciou sobre o assunto).

Enfim, veremos o que decidirá o povo francês no próximo domingo. 

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